Banca de QUALIFICAÇÃO: CICERA SIMONI DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CICERA SIMONI DA SILVA
DATA : 03/07/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Presencial - Famed
TÍTULO:

EFEITO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE Rosmarinus officinalis E Lavandula angustifolia NA ATIVIDADE LOCOMOTORA DE LARVAS DE Aedes spp PARA APLICAÇÃO LABORATORIAL


PALAVRAS-CHAVES:

arboviroses, Aedes spp., óleos essenciais, motilidade larval, vigilância entomológica.


PÁGINAS: 96
RESUMO:

As arboviroses constituem uma ameaça crescente à saúde pública global. Entre os principais vetores dessas enfermidades destacam-se as espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus. A rápida expansão geográfica desses mosquitos, aliada à circulação simultânea de múltiplos sorotipos virais, evidencia a necessidade de aperfeiçoar as estratégias de vigilância entomológica. A L. angustifolia destaca-se pelos efeitos anestésicos, relaxantes e ansiolíticos, enquanto R. officinalis é conhecida pela capacidade de reduzir a ansiedade e promover a qualidade do sono. O uso sustentável dessas espécies configura-se como um campo promissor, ainda pouco explorado, na vigilância entomológica, especialmente no manejo de vetores de arboviroses. Sua aplicação pode contribuir de forma significativa tanto para a identificação de espécies quanto para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle de vetores, oferecendo alternativas eficazes e ambientalmente seguras. Este estudo objetivou avaliar o efeito dos óleos essenciais de L. angustifolia e R. officinalis sobre a motilidade de larvas do gênero Aedes. Foram preparadas soluções de óleo essencial nas concentrações de 30 a 80 mg/mL, utilizando DMSO como solvente. Em seguida, foi aplicado topicamente 40 μL dessas soluções sobre o corpo de larvas nos estágios de 3º e 4º ínstar. Para o grupo controle, foram aplicados 40 μL de DMSO, seguindo o mesmo procedimento. A atividade locomotora foi registrada durante cinco minutos, utilizando uma câmera de celular, após cinco minutos de exposição das larvas aos óleos essenciais. As análises foram realizadas com o software Any-maze, seguindo o protocolo Zebrafish Larvae, com adaptações para a detecção da mobilidade larval. A taxa de sobrevivência foi monitorada ao longo de 96 horas, com acompanhamento diário do desenvolvimento das larvas, desde o estágio L4 até a fase adulta recém- emergida. A alimentação foi fornecida diariamente, sendo interrompida na fase pupal, quando passou a ser realizada apenas a troca da água a cada 24 horas. O efeito ansiolítico será avaliado por meio do teste do claro e escuro. Os gráficos foram elaborados com o software Prism, versão 10.4.2.Os resultados indicaram que ambos os óleos promoveram um aumento significativo do tempo de imobilidade das larvas, com destaque para R. officinalis, que demonstrou maior potência inibitória, especialmente nas concentrações de 50 e 30 mg/mL. De modo semelhante, L. angustifolia também induziu aumento significativo da imobilidade em todas as concentrações testadas, com destaque para 80 mg/mL e 40 mg/mL. Esses resultados evidenciam um padrão de resposta dose-independente, mas estatisticamente robusto em relação ao controle. Em relação ao tempo total de imobilidade (s), considerando três réplicas experimentais por concentração, observou-se que, para R. officinalis, os valores variaram de (84 a 169s). Já para L. angustifolia, os tempos de imobilidade ficaram entre (67 e 144s). Em contraste, o grupo controle apresentou médias extremamente reduzidas, inferiores a 6 segundos. A exposição ao óleo de R. officinalis resultou em alta taxa de sobrevivência em todas as concentrações, com apenas discreta redução nas menores doses. L. angustifolia exibiu maior toxicidade, com redução progressiva da sobrevivência nas concentrações mais elevadas, especialmente a 80 mg/mL. Apesar dessas diferenças na mortalidade, a maioria das larvas expostas completou seu desenvolvimento até a fase adulta, indicando que os óleos essenciais não interferem diretamente no ciclo de metamorfose das larvas que resistem ao tratamento. A mortalidade ocorreu predominantemente nas primeiras 24 horas após a exposição. O tempo médio de desenvolvimento até a fase adulta foi de aproximadamente 8 dias. Assim, destacam-se como potenciais agentes a serem incorporados no manejo integrado de vetores, especialmente como ferramentas que podem facilitar a identificação e o controle de populações de Aedes spp.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ESTELITA LIMA CANDIDO
Interno - FRANCISCO ROBERTO DE AZEVEDO
Externo à Instituição - IRWIN ROSE ALENCAR DE MENEZES - URCA
Externa ao Programa - 1222214 - LAURA HEVILA INOCENCIO LEITE - null
Notícia cadastrada em: 23/06/2025 11:47
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