Texturas que acolhem: alimentação escolar como caminho para inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista
Transtorno do Espectro Autista; seletividade alimentar; ambiente educacional; práticas alimentares.
A alimentação escolar é parte fundamental da promoção da saúde e da inclusão de crianças no ambiente educacional. No caso de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a presença de seletividade alimentar, especialmente relacionada à textura dos alimentos, impõe desafios específicos que exigem preparo técnico. Nesse contexto, destaca-se o papel das merendeiras escolares como agentes centrais no cuidado alimentar inclusivo. Sendo assim, o objetivo desse projeto é analisar o conhecimento das merendeiras escolares sobre seletividade alimentar e adaptação de texturas na elaboração de refeições para crianças com TEA. A pesquisa será realizada em escolas públicas do município de Brejo Santo – CE, adotando uma abordagem mista, com predominância quantitativa, de natureza descritiva e intervencionista. O Produto Técnico Tecnológico (PTT) consiste em uma oficina teórico-prática e participativa com merendeiras escolares. Os dados serão coletados e envolverá duas etapas complementares: uma quantitativa, que utilizará questionários estruturados com escala de Likert para avaliar o nível de conhecimento das participantes antes e depois da intervenção; e uma qualitativa que buscará compreender as percepções, experiências e lacunas formativas por meio de questões abertas analisadas segundo o referencial das Práticas Discursivas (Spink, 1999). Espera-se que a intervenção contribua para o fortalecimento das práticas alimentares inclusivas no ambiente escolar. Ao final, o material construído será sistematizado como um PTT replicável, a ser divulgado entre gestores públicos, instituições de ensino e serviços de saúde, ampliando seu impacto no território e nas políticas públicas de alimentação e inclusão escolar.