O ENSINO DO PENSAMENTO CRÍTICO E DECOLONIAL NA FILOSOFIA a partir de bell hooks
Autoatualização, Multiculturalidade, Educação filosófica
A presente pesquisa investiga o conceito de Autoatualização e sua aplicação na sala de aula multicultural, analisando o papel da filosofia na construção do conhecimento com jovens e crianças, a partir do Ensino Fundamental II (anos finais). A investigação fundamenta-se nas obras da pensadora, escritora e professora bell hooks: Ensinando a Transgredir: A educação como prática da liberdade; Ensinando Comunidade: Uma pedagogia da esperança; e Ensinando Pensamento Crítico. Com base na Pedagogia Engajada proposta pela autora, busca-se refletir sobre o papel de cada indivíduo na sala de aula e sobre como o aprendizado se desenvolve de maneira colaborativa e individual. Além de relacionar a pedagogia engajada à educação filosófica, propõe-se analisar a viabilidade de se desenvolver, no contexto escolar, uma consciência crítica que oriente as pessoas em formação como seres políticos e sociais. A pesquisa aborda, ainda, a sala de aula multicultural e as demandas educacionais que desafiam os professores e as professoras no exercício da docência, relacionando as noções de pedagogia engajada, autoatualização e multiculturalidade. Reconhece-se que o processo educativo depende de uma comunidade ativa, onde professores e estudantes colaboram na construção do pensamento e dos conhecimentos construídos. Utilizando a metodologia de escrita autobiográfica, em diálogo com hooks, a presente pesquisa realiza uma reflexão, a partir do processo de formação de uma professora de filosofia, acerca da problemática do ensino de filosofia eurocêntrico e propõe, como produto, o desenvolvimento de um Laboratório de Investigações Filosóficas, em que um currículo antirracista seja ferramenta para um ensino de filosofia contra hegemônico.