Tecendo redes e disseminando direitos: o Centro de
Infectologia do Cratoem sua relação com a rede de serviços na
busca da efetivação da informação dos direitos
Saude, Infromação, HIV
A saúde no Brasil é garantida como direito fundamental na constituição, mas só instituída como Sistema Único de Saúde – SUS em 1990, trazendo importantes transformações no cuidado a saúde da população, de modo que através de seus princípios e diretrizes, garante a inclusão social de todos os cidadãos brasileiros.
Esses princípios e diretrizes são consolidados através de um modelo assistencial, com ênfase na integralidade, direito à informação, controle social e hierarquização das ações (BRASIL, 1990a). Dessa forma, trazendo grandes desafios, para todos os profissionais inseridos no sistema, desde a gestão até a execução da política, em todos os níveis de atenção.
A Atenção Primária à Saúde (APS), atualmente, conhecida como Atenção Básica (AB), é umaimportante política de Estado, tendo as Estratégias de Saúde da Família (ESF) como principal
porta de entrada dos serviços de saúde, e ainda, funcionando também como centro de comunicação das Redes de Atenção à Saúde (RAS) 1 .
Segundo a Declaração de Alma Ata:
A APS representa o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e dacomunidade com o Sistema Nacional de Saúde, pelo qual os cuidados de saúdesão levados o mais proximamente possível aos lugares onde as pessoas viveme trabalham, constituindo o primeiro elemento de um continuado processo deassistência à Saúde (OMS, 1979).
Dentre as atribuições da AB, está o cuidado à pacientes vivendo com HIV (PVHIV),promovendo cuidado através do estabelecimento do vínculo terapêutico, através doacolhimento com respeito e sem discriminaçãom onde o paciente participa ativamente de doseu autocuidado, buscando práticas mais saudáveis e realizando avaliação cotidiana de gormaa identificar os agravos e doenças crônicas, dessa forma, melhora significamente a adesão aotratamento, previnindo a transmissão do vírus, evitando a evolução para aids e reduzindo a
mortalidade pela doença. A Atenção Básica opera através de diretrizes como acolhimento evinculação de clientela, em que a equipe de saúde se responsabiliza pelo seu cuidado
(BRASIL, 2010a).
Porém é necessário organizar o cuidado articulado entre a Atenção Básica e os
serviços especializados de atendimento às PVHIV no Brasil, garantindo acesso e vínculo como sistema de saúde, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas, tendo o
apoio efornecimento dos materiais necessários ofertados pelo Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde.